Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Abcesso retrofaríngeo como diagnóstico diferencial de torcicolo - relato de caso

Gonçalves, G.E.; Branco, L.G.; Crisóstomo, A.C.; Schmidt, C.M.; Lucchetti, M.R.; Sias, S.M.A.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p83, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: O abscesso retrofaríngeo (ARF) é uma condição potencialmente grave, com alta letalidade se não diagnosticada e tratada precocemente. Mais prevalente em crianças entre dois a quatro anos. Suas causas incluem infecções de cavidade oral, osteomielite vertebral, ingestão de corpo estranho ou intubação orotraqueal.
OBJETIVO: Apresentamos o relato de uma criança com ARF com diagnóstico inicial de torcicolo.
MATERIAL E MÉTODO: Y.M.F.A., 5 anos, sexo feminino, apresentou odinofagia, febre (38,5º C), disfagia e sialorréia. Foi medicada com ibuprofeno e dipirona, sem melhora. No dia seguinte apresentou edema e flexão lateral em região cervical à direita. Procurou o pronto-socorro, onde foi diagnosticado torcicolo. Fez uso regular de analgésicos por três dias com melhora da febre, mas com persistência dos outros sintomas e piora do edema cervical. Percorreu mais dois hospitais onde foi novamente diagnosticada com torcicolo. Após duas semanas do início do quadro, devido à persistência dos sintomas, foi realizada tomografia computadorizada (TC) de região cervical, que evidenciou ARF. Iniciou tratamento com Ceftriaxone e Clindamicina e foi encaminhada ao HUAP-UFF. Ao exame apresentava-se afebril, com abaulamento cervical à direita, sem sinais flogísticos, com restrição à lateralização e hiperextensão do pescoço e poliadenopatia indolor à direita. Orofaringe hiperemiada, com abaulamento inferior, sem exsudato purulento, dentes em mau estado de conservação. O abscesso foi drenado por via oral, com saída de bastante secreção purulenta. A cultura da secreção foi negativa. Após 14 dias de antibioticoterapia venosa recebeu alta com resolução do quadro.
RESULTADOS: Se não tratado adequadamente, o ARF pode evoluir para complicações potencialmente fatais, como pneumonia, empiema, mediastinite, pericardite e invasão de grandes vasos adjacentes por contiguidade. Dessa forma, é importante o diagnóstico precoce dessa doença.
CONCLUSÃO Esse trabalho chama atenção para a importância de pensar em ARF em crianças menores de cinco anos que se apresentam com quadro compatível com torcicolo, mesmo na ausência de infecção prévia em orofaringe.

 

Responsável
MARIA EMMERICK GOUVEIA


Palavras-chave:

Contribuição da broncoscopia para o diagnóstico da tuberculose na criança

Sias, S.M.A.; Franco, C.L.; Firme, L.H.C.; Lombardi, P.I.M.L.; Luz, C.A.; Oliveira, V.F.; Lucas, M.G.O.; Pinto, A.L.B.L.F.; Vasconcellos, C.C.A.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p67, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: A Tuberculose é uma doença endêmica de países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que 15% dos casos ocorram em menores de 15 anos. Aproximadamente 80% das formas pulmonares não tem confirmação bacteriológica. A dificuldade em coletar escarro na criança e a escassez de bacilos dificultam o diagnóstico. Atualmente, utiliza-se uma tabela de pontuação que avalia dados clínicos, epidemiológicos, (história de contato com adulto bacilífero), teste tuberculínico, estado nutricional e radiografia alterada apesar da antibioticoterapia, indicando ou não o tratamento específico.
OBJETIVO: Relatar a importância da broncoscopia em detectar alterações específicas na árvore traqueobrônquica e/ou isolar o microorganismo na secreção ou no lavado broncoalveolar, contribuindo para o diagnóstico.
MATERIAL E MÉTODO: D.O.S., 5 meses, sexo masculino, branco, apresentando febre, dispneia e tosse produtiva. Foi diagnosticado pneumonia na emergência e indicado internação. Após 8 dias de Cefepima sem melhora (uso prévio de Ampicilina e Amoxicilina + Clavulanato), foi transferido ao Hospital Universitário com relato de três amostras de escarro BAAR negativo e PPD não reator. Pai em tratamento ambulatorial para tuberculose. Na admissão, apresentou-se bom estado geral, taquipneia, sibilos difusos e estertoração subcrepitante em hemitórax direito. À radiografia, manteve hipotransparência em 1/3 superior do hemitórax direito. TCAR de tórax com redução volumétrica do pulmão e consolidação em lobo superior direito, com desvio ipsilateral do mediastino. Exames laboratoriais sem alterações significativas. A broncoscopia mostrou protrusão granulomatosa em parede medial do brônquio lobar superior direito e identificado bacilo de Koch ao exame direto e cultura. Iniciado esquema RIP com melhora evolutiva e acompanhamento ambulatorial.
RESULTADOS: Diante do diagnóstico, ressalta-se a broncoscopia como ferramenta auxiliar no diagnóstico pulmonar na criança pela possibilidade de identificação do microorganismo e pela visualização direta das lesões brônquicas.
CONCLUSÃO A Tuberculose deve sempre ser lembrada nos casos de pneumonia e atelectasia refratária à antimicrobianos usuais e que apresentem discrepância entre os dados clínicos e radiológicos

 

Responsável
LAURA CRISTINA MACHADO RIBEIRO DE SOUZA


Palavras-chave:

Neuroblastoma: Quando Suspeitar?

Santos, L.P.B.; Soares, M.V.; Sias, S.M.A.; Cestari, A.B.C.S.S.; Guerra, I.P.; Souza, L.C.M.R.; Arbex, M.B.B.; Simões, P.F.; Fernandes, R.B.A.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p13, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: O neuroblastoma é um tumor sólido extracraniano mais comum em crianças, tendo como origem as células primitivas da crista neural. O comportamento clínico é variável, podendo apresentar-se de forma maligna local e disseminada.
OBJETIVO: Alertar quanto aos sinais e aos sintomas dessa neoplasia, facilitando o diagnóstico precoce.
MATERIAL E MÉTODO: A.C.V.L.S., sexo feminino, 5 anos, há 2 meses, iniciou dor abdominal diária com piora da intensidade, dor em joelho e articulação coxofemural direitos dificultando deambulação, sem sinais flogísticos. Medicada para verminoses e tratada para miosite e anemia. Evoluiu com cefaleia incapacitante e equimose supraorbitária sem relação com trauma, episódios de diarreia, febre diária (>38ºC), perda de peso e hiporexia, sendo internada no HUAP. Apresentava-se emagrecida, hipoativa, hidratada, hipocorada, fácies de dor, eupneica, equimose supraorbitária em pálpebras. Abdome doloroso à palpação. Membros inferiores com limitação do movimento à direita. Pancitopenia e LDH: 2.956U/L. US e TC abdome e pelve: massa volumosa suprarrenal esquerda, lesões nodulares na bacia e nas cabeças femorais. TC crânio: formações expansivas frontoparietais e esfenoidal. Cintilografia óssea: implantes ósseos em calota craniana;. Cintilografia com MIBG: captação abdominal sugestiva de processo primário. Exame clínico radiológico sugestivo de neuroblastoma com metastização. A paciente foi transferida para o Instituto Nacional do Câncer, onde iniciou quimioterapia.
RESULTADOS: A doença avançada geralmente apresenta sinais sistêmicos, como febre e perda de peso, e consequências da invasão metastática, como no caso relatado com invasão óssea (dificuldade de deambulação), na medula óssea (pancitopenia), no tecido retrobulbar (equimose supraorbitária) e no cérebro (cefaléia incapacitante), além da dor abdominal (massa em expansão).
CONCLUSÃO Este relato é rico em sinais e sintomas que apontam para uma neoplasia avançada que não pode deixar de ser suspeitada pelo pediatra.

 

Responsável
ANA BEATRIZ CAMINADA SABRA STRAUB CESTARI


Palavras-chave: